As duas curtas metragens de Pelechian, Fim e Vida não se podem dissociar sem que se perca o sentido profundo criado pela dupla proposta formulada pelo cineasta: a da viagem de comboio de um povo que “em fim”, depois da travessia das trevas, fica deslumbrado pela força da luz do país natal e do nascimento de uma criança.
Antes de mais, é o ritmo regular - das rodas e do coração - que impõe aos dois filmes um movimento comum. A câmara adapta-se a este movimento numa espécie de empurrão incessantemente contido: um oscilar umas vezes suave, outras mais intenso, um movimento de embalar.
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Serge Meurant
in catálogo "cinematografia – coreografia 2"
Lisboa, Outubro de 2008