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quarta-feira, 7 de novembro de 2012
La Terra vista dalla Luna de Pier Paolo Pasolini apresentado por Renaud Legrand
Renaud Legrand apresenta "La Terra vista dalla Luna" de Pier Paolo Pasolini from O Cinema a volta de cinco artes on Vimeo.
Renaud Legrand apresenta "La Terra vista dalla Luna" de Pier Paolo Pasolini na Cinemateca Portuguesa no âmbito do ciclo de cinema "O Cinema à volta de cinco Artes - cinco Artes à volta do Cinema", no sábado 10 de Novembro de 2012. ©Cinemateca Portuguesa-Temps d'Images
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O CINEMA À VOLTA DE CINCO ARTES
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12:24


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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
The River (O Rio Sagrado) de Jean Renoir, apresentado por Renaud Legrand, filmado por Pierre Léon
Renaud Legrand apresenta "The River" (O Rio Sagrado) de Jean Renoir from O Cinema a volta de cinco artes on Vimeo.
Filmado por Pierre Léon, Renaud Legrand apresenta "The River" (O Rio Sagrado) de Jean Renoir no âmbito de "O Cinema à volta de cinco Artes - cinco Artes à volta do Cinema". ©Pierre Léon/Renaud Legrand
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cinematografia-musicalidade 2,
Edição 2012,
Jean Renoir,
Renaud Legrand
THE RIVER (O Rio Sagrado) de Jean Renoir - 13.11.2012 - 19h00
(...) Embora o filme siga este lento fluir do tempo e do rio, avance constantemente na estabilidade e relatividade do presente, Renoir também conhece a complexidade do tempo, ou a percepção que temos dela, não esquece que o tempo actual é “ao mesmo tempo” o passado, as recordações, as coisas inscritas em si, por muito “homem novo” que sejamos, e que surgem à superfície do rio. Esta presença do passado, esta combinação em cada um de nós que não respeita a cronologia, exprime-a ele com a voz off - a pequena Harriet que se torna adulta e que não vemos, um fantasma na ficção, tornando emblemática a figura da infância - que conta no passado enquanto a imagem mostra o presente do passado, ou o passado no presente. Simultaneamente, coloca o espectador num momento entre, nesta actualidade da recordação, um tempo intemporal.
(...)
E Renoir rejubila com a cor - não chegou mesmo a mandar pintar a vegetação por achar que faltava brilho? Uma utilização da cor sinfónica, o bater ribombante de pratos, além de um dueto com a música, quer aquando da festa de Diwali com fogueiras e Convite à Valsa de Weber, ou para proclamar a chegada da primavera, com árvores floridas, bombardeamento de giz colorido e percussões desenfreadas. A música de O Rio Sagrado é principalmente a das circunstâncias: ouvimos o que as personagens ouvem, folclore indiano nas ruas, na casa o Convite à valsa na grafonola, Schumann tocado ao piano por uma das crianças, mas não música de filme. Antes uma música documental, captada ao vivo durante a filmagem, como que roubada à realidade desta família de ficção.
Renaud Legrand
Paris, Outubro de 2012
in catálogo "cinematografia - musicalidade 2"
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domingo, 4 de novembro de 2012
A TERRA VISTA DALLA LUNA de Pier Paolo Pasolini - 08.11.2012 - 19h30
(...) Vamos encontrar Toto e Ninetto como os tínhamos deixado um ano antes em Uccelacci e Uccelini, dois vagabundos nos campos e nos arrabaldes romanos. (...). São os mesmos? Sim, os mesmos Toto e Ninetto, o pai e o filho - “a humanidade inteira” segundo PPP, dois verdadeiros pícaros, sem tostão, malandros, absolutos contrapontos daquilo que seriam os cavalheiros da Itália dos anos 60, burgueses e outros financeiros. Eles são os abandonados dos tempos modernos e a sua busca, já que se trata de uma narrativa picaresca, estará - como acontecia em Uccelacci e Uccelini - semeada de ciladas, encontros, desilusões, corridas e perseguições.
(Pasolini gostava de Chaplin e não faz senão ir buscar-lhe o frenesim burlesco, os acelerados que fogem para o campo e a barraca que como em Tempos Modernos se metamorfoseia em ninho de amor, feito disto e daquilo pela varinha de condão de Paulette Godard ou de Silvana Mangano; faz de Toto, protótipo no ecrã do pequeno burguês resmungão e azedo, o seu Charlot, “quase meigo e indefeso como um passarinho; está sempre cheio de ternura e, diria eu, de pobreza física”. Ninetto, quanto a ele, é Ninetto, volúvel, juvenil, encantador insolente, ingénuo, maravilhoso.) (...)
Vagabundos, pois, e não celestes, bem terrenos (pois é da Lua que são vistos). Sim, são os mesmos Toto e Ninetto com as suas vidas feitas de pedaços de fios.(...)
O seu planeta é muito pequenino, meia dúzia de quilómetros (apesar de se encontrar no meio da trapalhada da barraca um chinês de bigode que desaparece de imediato), uma zona de terrenos baldios e de casinhas de betão e de cartão, mas é o mundo inteiro, tal como o é um candeeiro infantil onde giram pequenas paisagens, estrelas e cavaleiros. Um desfile todo em travelings que visam a distância e em corridas aceleradas que entrecortam - a menos que seja o contrário - grandes planos, cenas de máscaras e de caretas feitas aos (perante os) espectadores. E esta alternância permanente do longe e do perto, do pequeno e do grande, do mudo e do falante, da pintura e do teatro constrói-se como uma canção em que o verso seria os grandes planos, já que são eles que contam e a fuga seria o refrão, já que Toto e Ninetto serão sempre vagabundos, sempre em parte nenhuma, entre as duas águas do desenrascanço, da confusão e do salve-se quem puder paródico.(...)
Renaud Legrand
Outubro de 2012
in catálogo "cinematografia - musicalidade 2"
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11:29


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domingo, 13 de novembro de 2011
SPARE TIME de Humphrey Jennings - 16.11.2011 - 22h00
(...) O hino nacional, a música do baile, a fanfarra, o coral de Haendel... Se Spare Time não fala, é, em todo o caso, um filme que canta. A cada sector industrial as suas árias em que todos têm o mesmo papel e ocupam o mesmo lugar. Aberturas de oratórios de certo modo: introduzindo a sequência, a música marca o tom. Marca o do som e da imagem, vemos e ouvimos a fanfarra engalanada dos mineiros, a orquestra de kazoos dos operários do algodão ou o coro barroco do aço. E, sempre, a música abandona a sua própria imagem, parte para acompanhar outros planos, aqui um par de namorados, ali crianças que brincam na rua, além transeuntes, famílias... Acompanhamento a ser visto, aqui, como algo de cúmplice, como o “air-copain” de que fala Léo Ferré a propósito daquelas canções que andam na moda e nos acompanham no nosso quotidiano. Esta música que corre quando correm os planos dos trabalhadores nos seus momentos de prazer não está ali para acompanhar a dramaturgia do filme. Aqui ela trilha o seu caminho em paralelo com as imagens, segue a sua linha como as imagens seguem a sua, em perfeita sintonia uma com a outra. A isto se chama-se contraponto.(...)
Renaud Legrand
in catálogo "cinematografia - musicalidade 1"
Lisboa, Novembro de 2011
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sexta-feira, 11 de novembro de 2011
LE CAMION de Marguerite Duras - 15.11.2011 - 22h00
Foi na sua sala de Neauphle-le-Château que Marguerite Duras decidiu contar a história da senhora do camião. Está em casa, a desempenhar portanto o seu próprio papel, o de Marguerite Duras, escritora que quer fazer um filme (...). À sua frente Gérard Depardieu interpreta Gérard Depardieu que seria o camionista do filme. (...)
Música de câmara e música dos campos
De Duras a Depardieu, o texto oscila numa troca de frases curtas, de suspensões e de silêncios, de perguntas, respostas, frases repetidas em conjunto, é um dueto, a “Sonata a Kreutzer”, a de Bethoven é claro, as variações do segundo andamento para ser mais preciso. É a mesma conversa amável e um pouco insolente — pois Duras, sempre brincalhona, diverte-se com o seu papel de encenadora, com a sua diferença de idade e de estatuto, com o facto de ele ser homem e ela mulher. Ele, também, por momentos, diverte-se neste desafio. — todos os encontros o são — um pouco apaixonado e muito respeitador, corrige-a e ambos concordam, interrogam-se, cedem-se a palavra como fazem o piano e o violino numa partitura e numa tonalidade muito iguais.(...)
Nesta obscuridade protectora, confrontam-se as sequências off. Off, porque saímos da câmara escura, estamos cá fora, a câmara mostra o camião ou a paisagem que ele atravessa; e também porque continuamos a ouvir o diálogo dentro da casa. Em contraste com o universo fechado e quente, opõe-se a luz fria do inverno, a triste paisagem dos arredores, as zonas comerciais, os campos nus. E, ao silêncio murmurado que reina na “câmara escura” responde uma música para piano, “As Variações Diabelli” de Beethoven. São três e aparecem com o camião. Acompanham-no quando ele desaparece na paisagem ou acompanham a paisagem, vista da cabina pelos olhos da senhora que anda à boleia.
Desde o primeiro plano do filme — o trinta e duas toneladas azul Saviem parado numa praça central —, o filme segue esta partitura binária, esta alternativa fora–dentro, obscuridade–luz, calor–frio, imobilidade—movimento, em que se encontram a mulher e o homem, a encenadora à boleia e o actor camionista, um ao lado do outro, um pouco incongruentes, “díspares” diz Duras, e que têm como lugar comum — quer se trate da sala de Neauphle ou da cabina do camião — a clausura, o espaço fechado de onde se vê o mundo pela força das palavras no primeiro caso, pelos olhos da senhora, no segundo.(...)
Música de câmara e música dos campos
De Duras a Depardieu, o texto oscila numa troca de frases curtas, de suspensões e de silêncios, de perguntas, respostas, frases repetidas em conjunto, é um dueto, a “Sonata a Kreutzer”, a de Bethoven é claro, as variações do segundo andamento para ser mais preciso. É a mesma conversa amável e um pouco insolente — pois Duras, sempre brincalhona, diverte-se com o seu papel de encenadora, com a sua diferença de idade e de estatuto, com o facto de ele ser homem e ela mulher. Ele, também, por momentos, diverte-se neste desafio. — todos os encontros o são — um pouco apaixonado e muito respeitador, corrige-a e ambos concordam, interrogam-se, cedem-se a palavra como fazem o piano e o violino numa partitura e numa tonalidade muito iguais.(...)
Nesta obscuridade protectora, confrontam-se as sequências off. Off, porque saímos da câmara escura, estamos cá fora, a câmara mostra o camião ou a paisagem que ele atravessa; e também porque continuamos a ouvir o diálogo dentro da casa. Em contraste com o universo fechado e quente, opõe-se a luz fria do inverno, a triste paisagem dos arredores, as zonas comerciais, os campos nus. E, ao silêncio murmurado que reina na “câmara escura” responde uma música para piano, “As Variações Diabelli” de Beethoven. São três e aparecem com o camião. Acompanham-no quando ele desaparece na paisagem ou acompanham a paisagem, vista da cabina pelos olhos da senhora que anda à boleia.
Desde o primeiro plano do filme — o trinta e duas toneladas azul Saviem parado numa praça central —, o filme segue esta partitura binária, esta alternativa fora–dentro, obscuridade–luz, calor–frio, imobilidade—movimento, em que se encontram a mulher e o homem, a encenadora à boleia e o actor camionista, um ao lado do outro, um pouco incongruentes, “díspares” diz Duras, e que têm como lugar comum — quer se trate da sala de Neauphle ou da cabina do camião — a clausura, o espaço fechado de onde se vê o mundo pela força das palavras no primeiro caso, pelos olhos da senhora, no segundo.(...)
Renaud Legrand
in catálogo "cinematografia - musicalidade 1"
Lisboa, Novembro de 2011
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20:10


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quinta-feira, 28 de outubro de 2010
LES INTRIGUES DE SYLVIA COUSKI de Adolfo Arrieta - 03.11.2010 - 22h00
(...) Estávamos em 1974, o mesmo ano de La Maman et la Putain, mais um filme-testemunho da época. Mas, enquanto Jean Eustache “reconstitui” implacavelmente a atmosfera do tempo - as relações amorosas, a ressaca do pós 68, o quartier latin, a moda, as palavras, os factos e os gestos - realizando, por certo involuntariamente, por intermédio da ficção aquilo que para nós se tornou também um documentário, Adolfo Arrieta deixa a ficção avançar nas entrelinhas, ao ponto de parecer que esta existe antes da chegada e da concretização cinematográfica, para além do que é filmado. Como um fotógrafo que no escuro do seu laboratório via aparecer algo nos negativos, uma figura, uma situação que não tinha visto no momento em que tirou a fotografia. Igualmente, enquanto Jean Eustache radiografa e disseca transformando os seus escalpelados em heróis universais, em Adolfo Arrieta não há a mínima cirurgia, a mínima identificação: clara manifestação de uma época, as suas criaturas são, mais do que universais, fundamentalmente intemporais, fora do tempo e fora da sociedade. Para além da ficção e para além do documentário.(...)
E há Marie France. Meio fada, meio duende, a cantora que preenchia então as belas noites do Paradis Latin é Cármen, a escultura viva. Uma libélula espetada por um naturalista, exposta a todos os olhares, tanto por Arrietta como pelo artista Vernon. E embora nem um nem outro tenham a crueldade de Peter Ustinov, ela é uma irmãzinha de Lola Montes, trágica e comovente.(...)
Renaud Legrand
in catálogo "cinematografia – teatralidade 2"
Lisboa, Outubro de 2010
Lisboa, Outubro de 2010
sessão com a presença de Renaud Legrand e Marcos Uzal
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Edição 2010,
Renaud Legrand
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