(...) McLaren é um jogador, e joga sempre a vários níveis, sendo pioneiro exímio e inovador no que toca à representação e distorção da dimensão temporal ou à encenação espacial e temporal das acções, em que além da coreografia visual e cénica, se acrescenta a dimensão temporal, ligada á musicalidade própria da linguagem cinematográfica no seu estado mais puro, bem como á utilização (por vezes demasiado óbvia) da música como suporte da “narração” visual.
Esta “coreografia do tempo”, aliada à coreografia visual, à animação, à pantomima ou mesmo à plasticidade dos corpos encenados constituiu à época uma visão nova e inédita, ainda hoje marcante no desenvolvimento da linguagem cinematográfica, sendo que a dimensão lúdica / de jogo que imprimiu sempre às suas obras nos continua a encantar e surpreender ainda hoje, apesar do tempo, apesar da ingenuidade, apesar da repetição, apesar do nosso cinísmo.
Esta “coreografia do tempo”, aliada à coreografia visual, à animação, à pantomima ou mesmo à plasticidade dos corpos encenados constituiu à época uma visão nova e inédita, ainda hoje marcante no desenvolvimento da linguagem cinematográfica, sendo que a dimensão lúdica / de jogo que imprimiu sempre às suas obras nos continua a encantar e surpreender ainda hoje, apesar do tempo, apesar da ingenuidade, apesar da repetição, apesar do nosso cinísmo.
Nuno Amorim
in catálogo "cinematografia – coreografia 2"
Lisboa, Outubro de 2008