segunda-feira, 14 de novembro de 2011

SYMPHONIE DIAGONALE de Viking Eggeling - 17.11.2011 - 22h00


[En 1923 Viking Eggeling] começou a sua Symphonie Diagonale (Sinfonia Diagonal), o único filme que completou durante a sua vida. Ao contrários dos filmes abstractos de [Hans] Richter, que utilizam um vocabulário de formas geométricas e que conscientemente perturbam as relações entre a figura e o fundo, a obra de oito minutos de Eggeling é composta de formas abstractas filmadas contra um fundo preto estável. Lineares ou curvilíneas, por vezes vagamente orgânicas ou arquitecturais, estas formas manifestam um ritmo visual – um contraponto óptico e uma simetria -, apesar do modo cuidadoso e deliberado como aparecem no ecrã. O resultado, de algum modo análogo à experiência de observar os elementos de um qualquer complexo sinal de néon a acender e apagar, transmitem hipnoticamente uma sensação de temporalidade a revelar-se. Ao ver o filme na sua estreia pública numa projecção do Novembergruppe em Berlim, em Maio de 1925, Arnheim chamou-lhe “um híbrido claramente desenhado entre um pente de bolso e uma flauta de pan.
Edward G.Dimendberg
in Cinema: Film Aesthetics and Practice