quarta-feira, 29 de outubro de 2008

CAROLYN CARLSON SOLO de André S.Labarthe - 03.11.2008


(...) Por vezes aquilo vai muito depressa, como uma corrida para o abismo, um thriller inflamado. Outras vezes a velocidade é muito lenta. Quando tudo fica mais lento fora, acelera dentro, Carolyn descreve a coisa de facto muito exactamente, esse saber do corpo e do espírito, do corpo no espírito, do espírito no corpo, de facto muito bem, vê-se que ela sabe do que fala.
E a dança? Não é um filme sobre a dança, é o filme inteiro que dança, como vemos Maurice Perrimond fazer quando, com a segunda câmara sobre o fim do filme, ele mima Carlson no seu próprio corpo e frustra o solo desdobrando-a na imagem, ela própria então desdobrada.(...)
Jean-André Fieschi
in catálogo "cinematografia – coreografia 2"
Lisboa, Outubro de 2008